Projeto de Coleção – The Skins of the Earth – Modelo Confeccionado

Nosso público alvo: feminino, de 20 a 50 anos, de classe A e B, inovadoras de moda e formadoras de opinião. Compram moda pelo conceito e sensação de maior exclusividade.

O Modelo escolhido por nós para ser confeccionado foi este, devido ao fato do mesmo ser menos conceitual e mais utilizável no dia-a-dia, porém sem perder a linha que guia a nossa coleção:

Materiais Utilizados:

1)      Organza cristal Laranja 100% Poliéster

2)      Bember Vermelho (forro) 100% Poliéster

3)      Tule laranja

4)      Couros sintéticos prata velho e vermelho

5)      Zíper invisível de 50 cm.

6)      Linha para costura 100% Poliéster

7)      Entretela (a mais próxima é a marca Freudenberg)

Falando um pouco sobre a entretela:

Para escolher uma entretela, precisamos levar em consideração 3 fatores:

1- O tipo de tecido que será entretelado, pois as diferenças existentes entre os diversos tipos de tecidos tais como peso, composição, índice de encolhimento, acabamento, composição química, reação ao calor e outras, requerem diferentes tipos de entretelas. Para isso, as entretelas devem possuir diferentes pesos, elasticidades e adesivos.

2- A função que será entretelada, ou seja a parte da roupa que receberá a entretela. Pode ser uma grande área, como uma frente de paletó, ou uma pequena área, como colarinho de camisa e cós de calça. Funções diferentes requerem entretelas diferentes.

3- Toque & Caimento que queremos oferecer à peça confeccionada. Se queremos uma peça mais leve e desestruturada devemos trabalhar com uma entretela mais leve. Se procuramos algo mais pesado e estruturado devemos trabalhar com uma entretela mais pesada. Condições climáticas, estilo e modelagem definem o toque e caimento desejado.

Após a escolha da entretela, é recomendado que sejam feitos testes de aplicação para verificar se todos os itens estão satisfatórios: adesão, caimento, comportamento após lavagens, etc.

Mesmo após a escolha da entretela correta, para ser satisfatório, precisam ser respeitados alguns pontos básicos como:

. No momento do CORTE, devemos fazer com que o sentido da ourela da entretela acompanhe o sentido da ourela do tecido;

. Em se tratando de entretelas termocolantes, devemos seguir cuidadosamente as CONDIÇÕES DE TERMOCOLAGEM indicadas pelo fabricante, que são: Tempo, Temperatura e Pressão. A termocolagem pode ser efetuada utilizando-se esteira, prensa elétrica, ferro industrial ou ferro caseiro;

. Para aqueles que utilizam o ferro de passar na entretelagem, um bom resultado só é conseguido caso a entretelagem seja feita por partes. NUNCA se deve passar a entretela. Se, ao contrário de entretelarmos por partes (correto), passarmos a entretela (errado), não estaremos respeitando as condições de tempo e pressão necessários para a entretelagem.

Fonte: http://www.tecelagempanamericana.com.br/linha_executiva-entretelas_freudenberg.html, acesso em 13/06/2010.

Entretelas de Tnt

Matéria-prima

A matéria prima utilizada para a produção da entretela é o tecido nãotecido (non-woven). Os nãotecidos são estruturas formadas por fibras ou filamentos dispostos em múltiplas direções. Estas estruturas podem ser consolidadas ou ligadas por processo químico, mecânico (agulhagem ou costura), ou físico (calor e pressão, jatos de água ou ar). As matérias primas utilizadas para produção de não tecidos podem ser fibras ou filamentos naturais, artificiais ou sintéticos, dos mais diversos diâmetros , seções e comprimentos. Os não tecidos podem ser leves ou pesados; macios, flexíveis ou rígidos; coloridos ou estampados; absorventes, impermeáveis ou porosos. São escolhidos para determinadas aplicações de acordo com a característica que se deseja. No caso desta entretela, o material é o poliéster  e pode ser encontrada em diversas gramaturas, para diferentes aplicações.

Conhecendo melhor o processo do TNT

A produção de nãotecidos aplica e combina tecnologia de diversas indústrias, como a têxtil, a papeleira, de couro, de plástico, podendo, a qualquer momento, surgir novas tecnologias. A produção segue as seguintes etapas:
– 1º Etapa: Formação da Manta. A manta é formada por uma ou mais camadas de véus de fibras ou filamentos obtidas pelos seguintes processos:
* Cardagem;
* Fluxo de ar;
* Deposição eletrostática;
* Suspensão em meio líquido;
* Fiação direta de filamentos contínuos.
– 2º Etapa: Consolidação e Acabamento. A manta formada pelas fibras ou filamentos pode ser consolidada por:
* Processo Mecânico. Usando agulhas que entrelaçam as fibras/filamentos costuras ou jatos de água;
* Processo Físico. Usando calor e pressão.

Fonte: http://www.sebrae-sc.com.br/segmento/produto.asp?vcdtexto=3830&%5E%5E

Conforto:

Geralmente, em roupas que possuem pedrarias, utiliza-se linha de costura de nylon, para que o fio não se sobressaia no tecido. No entanto, o grande problema nesta utilização é a sensação desagradável de algo estar “espetando” por dentro. A solução seria utilizar esta linha normalmente, porém, depois de tudo bordado, recortar uma entretela termocolante, bem fina, quase transparente, e fusionar toda a área bordada, por 10 segundos, com ferro de passar a 150°C.

No caso de nossa coleção, usamos dois itens que poderiam causar muito desconforto, mas, que foram resolvidos com a aplicação da entretela: as pedrarias e o couro sintético.

Além de ser mais duro, o couro sintético também possui a desvantagem de não ter um bom caimento. Este problema foi resolvido durante a modelagem, criando-se recortes na linha do busto, depois usando tecidos mais maleáveis para unir o centro do top com as laterais do corpo (parte de cima, o top) do vestido.

Projeto de Coleção – The Skins of the Earth – Croquis

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Projeto de Coleção – The Skins of the Earth – Ambiência

A Ambiência (ou foto-chave) manipulada para guiar toda a nossa coleção, foi esta:

A ambiência foi pensada como a mistura de uma foto aérea da superfície terrestre da Islândia com o derretimento das geleiras no calor(A pele da Terra), e uma explosão,  que simboliza a explosão de cores, estampas e culturas que as tendências do Verão 2010 nos trazem.

Continua no próximo post…

Projeto de Coleção – The Skins of the Earth – Inspirações

Inspirações Bibliográficas:

1. Livro da Ellen Lupton: Skin: Surface, Substance, and Design.

2. Livro da profª.Drª Suzana Avelar : Moda, Globalização e Novas Tecnologias.

3.Intervenções corporais da artista plástica contemporânea Orlan.

Todas essas referências tratam da pele como Ser independente e mutável, presente em todas as superfícies, inclusive no corpo humano. A pele é a identidade, é o palco das interpretações. É a superfície híbrida e moldável. O toque, o visual, o olfato, o paladar. É o revestimento morto de células desfalecidas que recobre um corpo vivo. É o tecido que reveste e forma ou deforma o corpo. É objeto da Arte, da dor, da doença e da tecnologia. É a crosta fina que recobre veias, rios e lavas. É o que somos, o que queremos ser e o que seremos. Pele. The Skins of the Earth.

Inspirações visuais:

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Projeto de Coleção – The Skins of the Earth – Preview

A pele como Ser independente e mutável, presente em todas as superfícies, inclusive no corpo humano. A pele é a identidade, é o palco das interpretações. É a superfície híbrida e moldável. O toque, o visual, o olfato, o paladar. É o revestimento morto de células desfalecidas que recobre um corpo vivo. É o tecido que reveste e forma ou deforma o corpo. É objeto da Arte, da dor, da doença e da tecnologia. É a crosta fina que recobre veias, rios e lavas. É o que somos, o que queremos ser e o que seremos, o que temos. Pele. The Skins of the Earth.

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A pele como Ser independente e mutável, presente em todas as superfícies, inclusive no corpo humano. A pele é a identidade, é o palco das interpretações. É a superfície híbrida e moldável. O toque, o visual, o olfato, o paladar. É o revestimento morto de células desfalecidas que recobre um corpo vivo. É o tecido que reveste e forma ou deforma o corpo. É objeto da Arte, da dor, da doença e da tecnologia. É a crosta fina que recobre veias, rios e lavas. É o que somos, o que queremos ser e o que seremos, o que temos. Pele. The Skins of the Earth.

Continua no próximo post….

Como surgem as tendências de Moda?

Olá meus queridos!

Falei que iria voltar à ativa e cá estou eu para comprovar minha promessa e para mostrar que de um modo ou de outro todos somos manipulados por um inconsciente comum [medo!?].

Ok, agora vou explicar o porquê.

Claro que todo mundo já ouviu falar que tal ou tal coisa vai virar tendência na próxima coleção, mas você já parou pra pensar no que exatamente são as tendencias?Como elas surgem?Será o @ocriador que as dita e todos os mortais simplesmente acatam? – Quaaase isso….

Vamos partir do conceito que a Moda existe para gerar lucro para as empresas, SIM, para VENDER (pasmem!Por mais conceitual que uma marca seja, se ela não vender, vai à falência..)

E do princípio que nós consumidores somos um bichinho pra lá de estranho, sentimental e de lua…(principalmente nós mulheres, né queridas?)

Então o grande dilema é: como ter a certeza de que um produto novo de moda vai vender pra esse público consumidor tão esquisito que somos nós?

Para isso, pessoas, existem os birôs de estilo (bureaux para as finas!). E o que eles fazem? – Prevêem as tendências, simples assim.

Mas você deve estar se perguntando: como assim???? – E eu explico: Muito simples. Os birôs são empresas mundiais que possuem um seleto grupo de pesquisadores (psicólogos, antropólogos, sociólogos, gente ligada à moda, etc etc…). Essa galera se espalha pelos mais diversos cantos do planeta observando discretamente  as tribos urbanas, os novos estilos que vão surgindo dentro de pequenos grupos, ou simplesmente resolvem ir até a amazônia(por exemplo) e se reunem clicando detalhes de plantas, musgos, insetos, enfim…..Um olhar diferente sobre o mundo ao nosso redor.

Dessas imagens e observações surge um grande tema, e delas se desdobram cartelas de cores, texturas, tecidos, formas e way of life pra daqui ha algum tempo….1,3,5 anos a partir de hoje. O formato final dessa pesquisa é chamado de Caderno de Tendências.

Depois a coisa acontece mais facilmente. As confecções compram (por um preço pra lá de salgado, mas justo) os cadernos de tendências e assim têm a certeza de que o que for baseado lá, vai vender daqui há X anos. Vale a pena comprar porque a empresa economiza tudo o que perderiam apostando em algo que não vai vender.

Agora você se pergunta: Mas como as pessoas todas do nada decidem comprar as mesmas coisas? Muita coisa influencia nessa compra. A época, os assuntos, mas principalmente: o que tem para vender.

Nunca percebeu que quando você precisa daquele sapato e ele precisa ser NAQUELE modelo boneca com glitter (sei lá). E você simplesmente NÃO ACHA o boneca com glitter pq a Moda diz que o que tá pegando não é o glitter e sim a sapatilha dourada? Pois é meu bem, é aí que você é ligeiramente manipulado e nem percebe!

Lia, devo ficar brava com isso, me revoltar com a sociedade capitalista e fazer greve na minha faculdade?

Não gente, por favor né? A gente adora estar confortável com as roupas que vestimos porque geralmente é o que a mainstream está vestindo, ou pelo menos as tendências servem para você transviar e tentar impor um novo estilo. E o que seria de nós se não achássemos aquela bolsa maravilhosa que aquela celeb super estava usando?

Portanto não se revoltem, ok people?hehehe

Segue um vídeo da WGSN falando sobre as Macrotendências (beeeem legal):

Links interessantes sobre o assunto pra vocês darem uma olhada:

WGSN

Style.com

Beijomedeixaumcomentário

Lia